A UFMG segue como a universidade federal mais bem avaliada no Brasil, segundo o Índice Geral de Cursos (IGC) 2021, divulgado ontem (terça, 28) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
A Universidade mantém IGC máximo, 5 (as faixas variam de 1 a 5) desde 2007, quando o índice foi criado, mas, nos últimos anos, vem crescendo no índice contínuo. Na edição de 2021, a UFMG alcançou o valor contínuo de 4,368 no levantamento, o mais elevado entre todas as federais do país.
O IGC considera a média ponderada das notas do último triênio dos cursos de graduação e pós-graduação e é o principal dos indicadores utilizados pelo Ministério da Educação (MEC) para atestar a qualidade das instituições. O conceito abrange os cursos de graduação, mestrado e doutorado de instituições públicas (municipais, estaduais e federais) e privadas, com ou sem fins lucrativos.
O Índice Geral de Cursos é referência para a definição de políticas públicas e para os processos de autoavaliação institucional, e também é utilizado pelo MEC como requisito, critério seletivo ou de distinção em seus processos. O cálculo do IGC engloba a média do Conceito Preliminar de Curso (CPC) do último triênio avaliado (2017-2018-2019), a média dos conceitos de avaliação dos programas de pós-graduação stricto sensu da instituição – com base em dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) – e a distribuição dos estudantes entre os diferentes níveis de ensino (graduação e pós-graduação stricto sensu).
A UFMG também é avaliada com Conceito Institucional (CI) máximo, 5, nota recebida no processo de recredenciamento institucional pelo qual passou em 2017.
Políticas e autoavaliação
“O reconhecimento da qualidade de nossos cursos pelo Inep é motivo de muito orgulho. As avaliações do órgão são competentes e confiáveis, feitas com base em parâmetros que refletem a realidade do Brasil. Valorizamos muito essa validação do trabalho coletivo desenvolvido na UFMG na busca por oferecer cursos de qualidade e pertinência para a sociedade”, afirma a reitora Sandra Goulart Almeida. Ela acrescenta que o ótimo desempenho dos cursos é resultado de trabalho de muitos anos, feito por toda a comunidade universitária. “Temos investido em políticas consistentes, tanto para a graduação quanto para a pós, e em processos de autoavaliação que garantem aprimoramento constante.”
O pró-reitor de Graduação, Bruno Teixeira, ressalta o fato de que a avaliação reflete, em parte, o percurso curricular cumprido durante a pandemia, com aulas remotas ou em regime híbrido. “Considerar as condições menos adequadas da rotina dos estudantes por um período bastante longo torna especialmente relevantes os resultados obtidos pela UFMG”, ele diz. “E o desempenho favorável de alguns cursos, na comparação com outros similares no país, entre outros indicadores, reforça que estamos no caminho certo.”
Conceito 4 ou 5
O Inep também divulgou o indicador CPC (Conceito Preliminar de Curso) dos cursos de graduação presenciais da UFMG que realizaram o Enade 2021: as licenciaturas e os bacharelados em Ciências Biológicas, Ciências Sociais, Educação Física, Filosofia, Geografia, História e Química, as licenciaturas em Artes Visuais, Física, Letras (Português), Matemática e Música e os bacharelados em Ciência da Computação, Design, Pedagogia e Sistemas de Informação.
Todos os 23 cursos da UFMG que participaram da última edição do Enade apresentaram ótimo desempenho, alcançando conceito 4 ou 5 (três cursos com conceito 5 e 20 cursos com conceito 4). Nenhum curso teve diminuído o conceito CPC faixa; quatro cursos aumentaram seu conceito e 19 mantiveram o mesmo conceito obtido na última edição de que participaram. Ciência da Computação e Química, tanto bacharelado quanto licenciatura, obtiveram conceito 5. O curso de Filosofia Licenciatura apresentou evolução importante: seu conceito subiu de 3 para 4.
Em relação ao conceito contínuo, 19 dos 23 cursos (83%) participantes aumentaram suas notas.
O cálculo do CPC considera o desempenho dos estudantes na prova do Enade (20% da nota); o Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD), que é o valor agregado na formação (35%); o perfil do corpo docente (regime de trabalho e titulação) [30%] e a percepção dos estudantes sobre as condições do processo formativo (15% da nota).
Em instituições, como a UFMG, de grande procura no processo seletivo (o que significa notas altas dos aprovados no Enem, por exemplo), o IDD tende a ser mais baixo, e seu peso na composição da nota CPC é o mais alto (35%), há tendência de diminuição no CPC, mesmo com alto desempenho na nota Enade, como divulgado pela UFMG no ano passado.
A diretora de Avaliação Institucional, professora Viviane Birchal, observa que “os processos de avaliação externa e de autoavaliação possibilitam uma melhor percepção do retrato institucional, da direção em que caminhamos e, talvez o mais importante, possibilitam planejar e traçar metas para a melhoria contínua dos nossos cursos e da UFMG”.
Os indicadores da edição de 2021 estão disponíveis no site do Inep. No mesmo site, é possível obter outras informações.
Veja a tabela com os resultados de 2014, 2017 e 2021.
A transmissão dos resultados está gravada no canal do MEC no YouTube.
Foto: Lucas Braga | UFMG